segunda-feira, 20 de julho de 2015

Quando sabes que está na hora de desistir? Como fazes para não criar expetativas em relação a alguém que amas? Quando sabes que está na altura de te valorizares ao ponto de não deixares que alguém te faça sentir mal? A vida passa. Algum dia terás resposta a estas perguntas? Ou serão as tuas eternas perguntas sem resposta? Conseguirás ser feliz se nunca as alcançares?  Seremos todos assim? Será isto suficiente? Será o insuficiente, suficiente?

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Há coisas que chegam ao fim, mas não têm um fim em nós. Sinto-me vazia por dentro, e sei que isto não é nada comparado com o que vem a caminho. Amo-te mais do que alguma vez saberei explicar, quantificar, demonstrar. É quase uma loucura amar-te desta forma, no entanto, contigo, é o único jeito de sermos. Ponho-te acima de todas as coisas na minha vida, faria tudo por ti. Desde o gesto mais banal, à  maior das loucuras. Era contigo que me via a percorrer o mundo de mão dada, os meus objetivos estão focados de acordo com os teus. A nossa casa,  a família que iríamos construir, bem melhor do que os nossos pais o souberam fazer. Vivo por mim, mas para ti também. E não me custa nada, não é um peso, não é um trabalho, não é uma obrigação. É  amor. E faz se tudo sem pensar, porque se quer fazer! Porque é instintivo! Não pensas. Vais, fazes, dizes, amas! Não posso permitir que exista algo entre nós desde o início, e que agora,  nesta altura em que o início já lá vai atrás, continue a existir. E que não te saibas por no meu lugar, quando todos os meus passos são dados a pensar em não magoar quem mais  amo, tu! Às vezes sou bruta a falar, sou alguém com pouca paciência e sou a pessoa mais explosiva do mundo. Perdoa me por todas as vezes que isso te possa ter magoado, mas aos poucos tenho vindo a corrigir a minha personalidade. Mas uma coisa sei  de mim, se estou ao lado de alguém, estou a 100%, e contigo experimentei estar a 200%. Fui lá parar. Levaste-me lá. Ao cume da montanha mais alta. Ao céu! Ao fundo do mar, vezes e vezes sem conta. Mergulhei em ti, como só os loucos fazem, como só os loucos estão dispostos a fazer. E se existir algum Deus que realmente nos observe todos os dias, ele saberá, embora não melhor do que eu, que sou tua. A minha pele, a minha boca, as minhas mãos, o meu sorriso, os meus olhos. Fundi-me contigo, e não me perguntes quando. Mas que estás aqui entranhada, estás. Sei que dei o meu melhor. Sei que já podia ter desistido por várias razões. Aliás, sempre pela mesma. Mas a vontade de te amar,  sobrepôs -se sempre à dor que sinto todas as vezes que me magoas com palavras e atitudes sempre em relação ao mesmo. E por isso hoje tem de ser diferente, hoje vou segurar no amor, vou por no bolso o que couber, vou deixar que caia se não houver espaço o suficiente para ele. Vou agarrar no amor e deita-lo no jardim onde tantas vezes fumamos  cigarros a ouvir música, vou deixa-lo ficar nas canções do Tony Carreira que cantamos juntas estrada fora,  vou deixar o amor ficar no lado da cama onde dormes, na cama que já há muito deixou de ser minha para ser nossa, e vou manda-lo dormir. Vou obriga-lo a dormir! Dorme seu cabrão, fecha os olhos e dorme de uma vez por todas! Fora de mim. Queria poder guarda-lo numa caixa, onde tivesse a certeza que ele nunca mais acabaria, e onde eu pudesse traze-lo à vida outra vez, um dia, quem sabe, quando já não houverem barreiras intransponíveis entre nós. Esperar que ele não apodreça, e que só adormeça, enquanto eu não prego olho e aprendo a viver sem (ele) ti.