quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Olá 2015

2014 foi um ano difícil. Não há dúvidas disso. Um ano que me levou coisas que pensei que não fossem chegar ao fim, um ano que me fez mudar, um ano em que chorei demasiadas vezes sozinha no meu quarto. Chorei pelo meu irmão, por estar longe dele, dias e dias a fio. Passei meses adormecida por dentro, sozinha, quase morta. Só eu sei a dor que senti todos os esses dias, e ninguém a pode imaginar. Chorei quando aquele que eu pensava ser o homem da minha vida resolveu deixar-me e ao mesmo tempo parecia continuar a querer-me presa a ele. Chorei de desilusão, de medo de ficar sem alguém que fazia parte da minha vida e de todos os meus planos. Neste aspecto posso dizer : chorei tempo demais. E depois acordei outra vez para a vida, e pensei que há dores que se superam com o tempo e ele foi uma delas. Cortei. Deixei de falar, de ver, de pensar. Fiz o luto do meu amor, e deixei-o morrer em mim. Depois dei outra oportunidade, para voltarmos a tentar ser amigos, sem rancor e sem mal entendidos. E estamos ligados um ao outro. Sempre. Consegui deixar de ama-lo daquela maneira, e juntos conseguimos continuar a amarmo-nos à nossa maneira, sempre cúmplices como desde o primeiro dia que pisamos a mesma sala de aula. Agradeço ao destino te-lo tirado da minha vida, mas ter-mo dado outra vez. Na verdade estamos bem melhor assim. Agradeço o meu irmão ter estado longe, agradeço ainda mais por estar comigo agora. Por ser mais homem. Por ser mais meu outra vez. 2014 ainda me pregou mais umas quantas partidas, mas sempre com a mesma lição : fazer me perceber que todos os maus momentos que passo, servem para me trazer algo melhor no fim. Às vezes demoro mais a aceitar isso, mas acabo sempre por percebe-lo.
Ainda foi em 2014 que te comecei a amar assim, a ti, que me estragas a vida e me dás vontade de vive-la ao teu lado. Talvez as coisas tenham saído da minha vida aos poucos, para que eu pudesse finalmente tropeçar em ti. Talvez as tuas coisas nunca tenham resultado para que possas resultar comigo. À meia noite foste o primeiro dos meus desejos. Que 2015 seja o nosso ano. Que possa ficar contigo enquanto sentir que me amas. Que tenhas paciência para mim e que eu saiba respirar fundo e pensar antes de falar. Que me continues a surpreender um dia após o outro. Se tiver de ser será. Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo. Está nas nossas mãos, agarrar ou deixar escapar, lutar ou desistir... que saibamos sempre tomar as melhores decisões. É o que espero para nós. Agradeço aos meus amigos, os poucos que considero verdadeiros, mas os que continuam comigo. E agradeço aos que me têm vindo a desiludir ao longo do tempo, fazem-me manter-me ciente de que desilusões vão sempre fazer parte dos anos todos que ainda tenho pela frente. À minha família, o eterno pilar da minha vida, são a minha casa 365 dias por ano, o meu calor, a minha alegria. Que não fique nada por dizer, que às vezes no silêncio se diga mil e uma frases, que todos os dias haja abraços, beijos, olhares, amor e amigos. Que as zangas não sejam sem motivos, que saibamos dar o braço a torcer, lutar pelo que queremos, perdoar quem se mostra arrependido, e pedir desculpa quando sabemos que o erro foi nosso. Que consigamos evitar ao máximo magoar aqueles que nos amam, que não nos sujeitemos a ser a segunda opção de ninguém, que tenhamos consciência do nosso valor sem nos deixarmos afastar da pessoa que realmente somos. Que o amor nos bata à porta, que não tenhamos medo de abri-la. Abrir as portas, as janelas, abrir tudo e deixa-lo entrar sem medos. Para que possa ficar o tempo que fizer sentido que fique. Como eu costumo dizer, e repito-o agora: Não há tempo a perder, há tempo a aproveitar.

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